quarta-feira, 24 de setembro de 2008


Um dia ele chegou tão diferente
do seu jeito de sempre chegar,
Olhou-a de um jeito muito mais quente
do que sempre costumava olhar,
E não maldisse a vida tanto
quanto era seu jeito de sempre falar,
E nem deixou-a só num canto,
pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar...

E então ela se fez bonita
como há muito tempo não queria ousar,
Com seu vestido decotado
cheirando a guardado de tanto esperar,
Depois os dois deram-se os braços
como há muito tempo não se usava dar,
E, cheios de ternura e graça,
foram para a praça e começaram a se abraçar.

E ali dançaram tanta dança
que a vizinhança toda despertou,
E foi tanta felicidade
que toda cidade se iluminou,
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos
como não se ouvia mais,
Que o mundo compreendeu,
e o dia amanheceu em paz...

Sem comentários: